Muitos acreditam que escolher por um computador novo é algo complexo, muito mais do que simplesmente ir à loja, pegar o cartão e voltar para casa com a sacola cheia. Talvez seja ainda mais difícil dar vida a uma máquina velha que já não funciona como antes e está guardada no armário sem qualquer tipo de uso. Em ambas situações, é essencial que o usuário saiba quais são suas necessidades e qual será a principal finalidade do equipamento.
Sem dúvidas essa análise precisa passar pela escolha do sistema operacional, afinal, qual sistema atenderá melhor suas necessidades, Windows, Linus ou MacOS?
Neste artigo vamos falar dos pros e contras de cada um destes, sempre focando na necessidade do usuário doméstico, que adquire o equipamento com tal sistema operacional para consumir multimídia, navegar na internet, jogar e até mesmo fazer alguns trabalhos acadêmicos ou profissionais. Com isso determinado, ficam de fora cenários corporativos, de infraestrutura e de sistemas embarcados, pois exigiria uma atenção maior.
Conheça então os três sistemas e suas principais diferenças.
Quais são suas necessidades?
É comum ouvir dos especialistas que o Windows não presta, que o Linux é um sistema operacional altamente seguro, e também que o MacOS, por ser da Apple, é muito caro. Tudo isso é muito relativo e precisa ser ponderado pelo usuário na hora de adquirir um computador novo ou optar por um novo sistema para usar em um computador antigo, ao contrário, sem dúvidas o usuário acabará insatisfeito com a escolha que foi feita para ele.
Mas, é importante questionar: quais são as suas necessidades?
Após definir bem para o que o computador será utilizado, é hora de pensar no quanto se está disposto a pagar e tentar equilibrar tudo na balança custo-benefício para chegar a configuração ideal de acordo com o seu bolso.
Com isso em mãos é importante destacar que: não existe um sistema operacional perfeito. Sempre haverá uma característica excelente em um deles que falta no outro e vice-versa. Por essa razão, é importante saber suas necessidades e expectativas com o computador para compreender o que os três principais sistemas operacionais podem oferecer e fazer por você.
Para isso, é importante considerar que, mesmo que muitos reclamem que o Windows é um sistema pago, a verdade é que muitas vezes o custo da licença já está incluso no valor do computador e dificilmente você precisará pagar por fora. O MacOS é gratuito, mas limitado apenas aos dispositivos da Apple. E o Linux, é totalmente grátis, independentemente da plataforma, mas pode exigir alguns recursos que você precisa.
Dessa forma, a primeira análise deve ser a seguinte: se o seu orçamento está muito limitado, então provavelmente você se sentirá inclinado a ir de Windows ou Linux. Se o seu objetivo é trabalhar com produção de vídeo ou design gráfico, modelagem em 3D e afins, então um Mac pode valer o investimento.
Claro que, essa é apenas uma explicação simplificada, mas serve para que você tenha em mente que é essencial saber quais são suas necessidades e do que você realmente precisa.
Com isso em mente, vamos conhecer o Windows, o Linus e o MacOS para conseguir determinar qual é o melhor sistema operacional para suas necessidades.
Sistemas operacionais
1. Windows
O Windows é o sistema operacional mais conhecido do mercado, instalado atualmente em 78% dos dispositivos do mundo todo. Em parte, este número é consequência da agressiva política de adoção que a Microsoft utiliza no Windows 10 desde o seu lançamento em 2015.
O Windows é um modelo que consegue atingir praticamente todos os gostos, dominando praticamente 90% do mercado de sistemas operacionais, onde, para onde quer que você olhe, há um computador com configuração e formato ideal de Windows instalado.
Não quer comprar um computador pronto, mas sim montá-lo peça por peça para deixá-lo exatamente como você quer? Não tem problema. Desde computadores básicos, com todos componentes embutidos na placa-mãe, até verdadeiros Transformers com quatro placas de vídeo e 10 dispositivos de armazenamento funcionando ao mesmo tempo, o Windows dá conta.
Ou seja, importa o que você deseja fazer e nem como irá fazer, sempre existirão máquinas e componentes compatíveis com o Windows.
O lado negativo de toda essa flexibilidade é que colocar tudo isso para funcionar em perfeita harmonia pode ser desafiador e dar uma baita dor de cabeça em usuários que não têm tanta intimidade com hardware assim. Conflito de drivers, incompatibilidade de componentes… Esses e outros problemas podem acontecer, mas são contornáveis sobretudo se houver bastante pesquisa prévia.
Uma outra característica do Windows é que você pode adquirir modelos como Dell, Lenovo e outros já com o sistema instalado, o que não exige que você pague por fora pela instalação.
Independentemente da sua escolha, uma coisa é certa: por ser o sistema mais popular do mercado, o Windows é o que conta com mais aplicativos compatíveis.
2. Linux
A popularidade do Linux se deu por ser um sistema operacional versátil, que equipa desde minicomputadores até mesmo datacenters na nuvem, passando por dispositivos do nosso dia a dia, como smart Tvs, roteadores, termostatos e outros que nem mesmo imaginamos.
O principal diferencial desse sistema com relação aos demais é que ele é um sistema de código aberto. Por essa razão, ele pode ser modificado e aprimorado por qualquer pessoa que deseje colaborar para o projeto ou até mesmo fazer sua própria distribuição. Por esse diferencial, o sistema acaba sendo utilizado em tantos fins, como foi citado.
Portanto, não existe o sistema Linux e sim variantes do sistema que são chamados de distribuições. Cada um desses foi criado, arquitetado e programado para um ou mais profissionais específicos.
Ao contrário do que muita gente pode pensar, essa pulverização das distribuições não traz nenhum risco ao usuário. A bem da verdade, o Linux é consideravelmente mais seguro que seus dois concorrentes, mas isso não significa que ele não tem falhas de segurança. Os malwares, brechas de segurança, backdoors e exploits existem na plataforma, mas com cerca de apenas 2% do mercado de sistemas operacionais, a plataforma acaba não sendo tão “rentável” ou “atraente” para os cibercriminosos. Então não se preocupe com relação à isso.
Apesar da facilidade em instalar uma distribuição Linux no computador, se você for marinheiro de primeira viagem pode se ver perdido sem encontrar os aplicativos que estava acostumado a usar outro sistema operacional. Mas não se desespere, pois há alternativas que oferecem funcionalidades e recursos semelhantes para praticamente todos os softwares que você conhece.
Embora a maioria das fabricantes já disponibilize versões oficiais de seus drivers para o Linux, normalmente eles não são instalados automaticamente e você terá de buscá-los por conta própria. E nessa busca é provável que você esbarre não só nas versões oficiais, mas também em alternativas de código aberto feitas pela comunidade. Encontrar a ideal para manter todo o conjunto funcionando adequadamente pode ser um desafio, sobretudo se o computador for mais parrudo e personalizado, montado do zero, peça por peça.
3. MacOS
Por mais de 30 anos, o sistema operacional da Apple tem permanecido essencialmente o mesmo. Basta comparar o sistema original lançado em 1984 e o que temos hoje no macOS Catalina para constatar as semelhanças: o sistema de arquivos é o mesmo; a barra de menu parece a mesma; e até a lixeira é praticamente idêntica. Obviamente, hoje temos uma interface de usuário muito mais rica, bem definida e colorida, mas é flagrante que as diretrizes de design de três décadas atrás ainda influenciam bastante o sistema.
Essa continuidade e consistência do macOS estão intimamente relacionadas à decisão da Apple de manter o sistema atrelado única e exclusivamente aos Macs. Diferentemente do que acontece com o Windows, que está disponível para praticamente toda e qualquer plataforma computacional, o macOS só funciona em hardware da Apple.
a Big Blue descobriu que, num período de quatro anos, manter um Mac custa até US$ 543 menos que um PC — para o balanço financeiro da companhia, isso representou uma economia de mais de US$ 54 milhões. Para os usuários domésticos, sobretudo os mais atentos e cuidadosos, isso significa não ter de se preocupar em contratar todo ano uma solução antivírus, ter de levar o equipamento na assistência técnica e afins.
o macOS é muito fácil de instalar, atualizar e usar. Diferentemente do que acontece com o Windows, as atualizações do sistema são mais consistentes — e quando causam problemas, eles passam longe da incompatibilidade de hardware e/ou softwares que deixaram de funcionar. o macOS conta com uma boa variedade de programas gratuitos muito competentes já inclusos, livrando você de ter de adquirir uma licença.
Mas tome cuidado para não se enganar: embora isso seja muito atraente, o custo é alto, sobretudo se você se vir utilizando mais apps do Windows ou do Linux. Se for esse o caso, no fim das contas talvez valha mais a pena gastar menos dinheiro em um PC.